Rúben Pellejero

Um dos mais renomados quadrinistas espanhóis, com mais de 40 anos de carreira no mercado internacional, ilustrador de traço preciso, mestre na arte do claro e escuro, é amplamente conhecido por sua longa colaboração com o roteirista argentino, Jorge Zentner. Trabalhando juntos desde os anos 80, Rubén Pellejero e Zentner cocriaram o anti-herói Dieter Lumpen, que os traria fama e reconhecimento, e venceram o prêmio de melhor obra estrangeira no Festival Internacional de Quadrinhos de Angoulême por El Silencio de Malka. Em 2015, após um hiato de mais de dez anos sem publicarem juntos, a dupla retornou com o sucesso Cromáticas, que chega agora ao Brasil pela Editora Trem Fantasma.

Atualmente, Pellejero é o desenhista da nova série de Corto Maltese, colaborando com conterrâneo Juan Díaz Canales (Blacksad) e tendo sido escolhido por Canales e pela editora pela elegância de seu traço e a influência inegável de Hugo Pratt.

Pasquale Frisenda

Pasquale Frisenda nasceu em 8 de janeiro de 1970 em Milão, cidade onde mora e trabalha. Sempre foi apaixonado por histórias em quadrinhos e ilustrações. Em 1986, passou a frequentar o curso de ilustração e quadrinhos Castello Sforzesco di Milano.

O contato com artistas como Pasquale Del VecchioCarlo AmbrosiniCasertano entre outros, é o encorajamento necessário para encarar a carreira de quadrinista.

Na revista de ficção científica Cyborg, editada pela Star Comics em 1990, tem seu primeiro trabalho profissional, a história Tenebra, com roteiro de Michele Masiero, que só seria publicado anos depois.

O ponto de virada na sua carreira aconteceu no ano de 1990, quando foi convidado por Ivo Milazzo para visitar seu estúdio em Chiavari. Após ter feitos páginas de teste, é convidado para fazer parte do Studio IEMME e compor o staff da nova revista de Ken Parker, publicada originalmente pela Parker Editore até que, em 1994, foi comprada pela Sergio Bonelli Editore.

A parceria com a “Casa dos Sonhos de Papel” continua e, em 1996 passa a desenhar a série criada por Gianfranco ManfrediMágico Vento. Algumas das histórias mais amadas pelos fãs saíram do seu traço, como WindigoA Mão Esquerda do Diabo e O Monstro de Hogan. Frisenda ilustrou ao todo 14 álbuns e as capas do número 32 ao 75, em sete anos de longa colaboração.

Prestigiado e admirado na Sergio Bonelli, recebe da editora a honra de ilustrar o Texone n.º 23, com a história Patagônia, que contou com roteiro de Mauro Boselli, considerada por muitos dos fãs uma das melhores histórias do imbatível ranger.

Em 2011 participou do projeto 150 – Storie d’Italia que contou com histórias de Ivo Milazzo (que foi o coordenador do projeto), Giorgio CavazzanoCarlo AmbrosiniCorrado MastantuonoSergio Toppi e Marco Nizzoli.

Seguindo em mais uma obra aclamada, ilustra Sangue e Gelo, a edição 47 da série Le Storie,  com roteiro de Tito Faraci.

No ano de 2018 as duas histórias que produziu para a minissérie Deadwood Dick, com roteiro de Maurizio Colombo, são publicadas.

Sua prestigiada carreira foi consagrada com alguns dos principais prêmios da Itália, o INCAFumo di ChinaMilano Cartoomics, em categorias como “melhor capista”, “melhor desenhista realístico”, “melhor desenhista de quadrinhos”, “melhor história” entre outros.

Matthieu Bonhomme

Matthieu Bonhomme nasceu em Paris em 17 de junho de 1973. Iniciou sua carreira profissional no final dos anos 90 em revistas como SpirouJe BouquineGrain de soleilMaximumD-LireImage Doc, entre outras. Em 2000, aventurou-se pela primeira vez pelo oeste selvagem como ilustrador do livro  Contes et récits de la conquête de l’ ouest, de Christophe Lambert.

Em parceria com Fabien Vehlmann, lançou em 2002 a série Le marquis d’Anaon (Dargaud). No mesmo ano, iniciou a série de aventuras Esteban (Dargaud).

Em 2016 publicou seu mais estrondoso sucesso, O Homem que Matou Lucky Luke, aclamado por críticos e leitores. Sua sequência,  Lucky Luke Procurado foi lançada em 2021 na França.

Em 2018, ao lado de Fabien Nury, iniciou a série de ficção histórica Charlotte Impératrice (Dargaud).

Prêmios: Prix Alph-Art, Melhor álbum de estreia, Festival Internacional de Angouleme, L’Âge de raison, 2003. Prix Cross-Generation, Festival Internacional de Angouleme, Messire Guillaume V3, 2010. Prix Saint-Michel, Melhor álbum, O Homem que Matou Lucky Luke, 2016. Prix des Lycéens, Festival Internacional de Angouleme, O Homem que Matou Lucky Luke, 2017. Prix du Public Cultura, Festival Internacional de Angouleme, O Homem que Matou Lucky Luke, 2017.

Lillo Parra

Lillo Parra nasceu em 1972, em São Paulo. Quando era pequeno, passava horas intermináveis olhando as figuras dos gibis de seu pai. E de tanto que olhou, aprendeu a ler e aí não parou mais. Quando ficou mais velho resolveu publicar seus próprios gibis.

Entre sues principais trabalhos estão as adaptações em quadrinhos das peças de Shakespeare: Sonhos de uma noite de verão (adotado no PNBE 2013) e A Tempestade (Troféu HQMix 2013) e os álbuns La Dansarina (Troféu HQMix 2015), Descobrindo um novo mundo (adotado no PNLD 2021), O Cramulhão e o desencarnado (2019) e João Verdura e o Diabo (2021).

Juan Diaz Canales

Juan Díaz Canales nasceu em 1972 em Madrid, Espanha.

Aos 18 anos ingressou em um estúdio de animação, onde conheceu Juanjo Guarnido, que logo se tornou um grande amigo. Juan permaneceu na Espanha enquanto Juanjo foi para a França para trabalhar nos estúdios de animação da Disney. Mas isso não os impediu de inventar um dos maiores projetos de quadrinhos desta década, Blacksad, uma série de detetives no estilo dos anos 1950 de enorme sucesso.

Enquanto isso, Díaz Canales prosseguia seus estudos em artes plásticas, então, em 1996, fundou uma empresa chamada Tridente Animation com três outros designers. Isso o fez começar a trabalhar com várias empresas europeias e americanas, passando a dividir seu tempo entre a redação de roteiros para quadrinhos e animação e a supervisão de séries de TV e filmes de animação. Em 2015, assume a continuação das aventuras de Corto Maltese em colaboração com Ruben Pellejero.

Jorge Zentner

É o criador de Dieter Lumpen, juntamente com Rubén Pellejero, com quem desenvolveu uma sólida carreira, produzindo títulos como TabuHistórias em FM O Silêncio de Malka. Em 2015, a dupla publica Cromáticas, trazida ao Brasil pela Editora Trem Fantasma.

Também trabalhou em colaboração com outros ilustradores, como David Sala (Replay), Carlos Nine (Pampa), Bernard Olivié (Caravana), Mattotti (O Som da Geada), entre outros.
Ganhador dos Prêmios Haxtur (1986), Alph-Art (1997) e do Juri, no Festival de Angoulême (1997).

É escritor, ainda, de romances e obras para crianças e adolescentes.

Jefferson Costa

Desde criança, além de jogador de futebol ou de basquete, Jefferson Costa queria ser “desenhador” ou piloto de carro de corrida. Ou arquiteto. Ou arqueólogo. Ou piloto de avião. Ou…

Como não deu pra ser tudo isso, resolveu ser um pouquinho de cada coisa nas páginas de seus gibis. E ele já fez gibis de montão: Roseira, Medalha, Engenho e outras histórias (Troféu HQMix 2020), biografia em quadrinhos do músico Fela Kuti, Anansi (livro ilustrado infanto-juvenil), Arcane Sally e Sr. Vapor, Graphic MSP – Jeremias: Pele (Prêmio Jabuti e Troféu HQMix 2019), Jeremias: Alma (Troféu HQMix 2021), Jeremias: EstrelaLa Dansarina (Troféu HQMix 2015), adaptação de A Tempestade, de Shakespeare (Troféu HQMix 2013) e A dama do Martinelli.

Hugo Pratt

Hugo Pratt é, por muitos, considerado o o maior quadrinista da história.

Nascido na Itália no ano de 1927, levou a paixão pelos quadrinhos acima de tudo: confinado em um campo prisional na Etiópia durante a Segunda Guerra Mundial, o jovem Pratt comprava gibis de seus guardas para se entreter. Mais tarde, resgatado pela Cruz Vermelha, retorna a Itália onde funda com amigos o Grupo de Veneza, e faz da paixão sua profissão.

O sucesso de suas primeiras histórias publicadas rende um convite para vir trabalhar para a editora Abril, na Argentina. No país, Pratt passa a colaborar com Oesterheld, o lendário roteirista de El Eternauta, e juntos produzem os sucessos Sgt. Kirk Ernie Pike.

Nos anos 60, Pratt retorna a sua terra natal, onde publica A Balada do Mar Salgado, primeiro álbum do pirata Corto Maltese. Comparado às maiores obras da literatura, como Moby Dick e Coração das Trevas, Corto Maltese alça Pratt ao panteão dos grandes artistas mundiais de todos os tempos. Sua vida chega ao final em 1995, ano em que publica seu último trabalho completo, Morgan, publicado pela Editora Trem Fantasma pela primeira vez no Brasil.

Gianfranco Manfredi

Cantor, compositor, escritor, ator e roteirista italiano, da região de Marche.

Morou grande parte de sua vida em Milão, onde graduou-se em filosofia pela Università Statale e frequentou a redação da revista de contra-cultura Re Nudo (Rei Nu), onde se envolveu com a atmosfera anarco-situacionista da edição e encontrou inspiração para suas primeiras canções. Lançou seu primeiro álbum em 1972. Entre os anos 70 e 90, chegou a lançar cerca de 8 álbuns musicais, tendo lançado mais dois depois dos anos 2000. Durante este período publicou também diversos ensaios filosóficos e atuou como ator e roteirista de teatro, TV e cinema.

Foi só no ínicio dos anos 90 que Manfredi começa sua atividade como roteirista de quadrinhos, criando os personagens Gordon Link, para a Editoria Dardo, e Mágico Vento, para a Bonelli Editore em 1997, o qual escreveu até 2011 em mais de 130 edições. Escreveu também edições de Dylan DogTex, e, em 2007 ,criou a mini-série de sucesso A Face Oculta. Mais tarde, viria criar a série Adam Wild, primeiro trabalho com o desenhista brasileiro Pedro Mauro, com quem também trabalhou na série Cani Sciolti e o álbum Mugiko, publicado pela primeira vez no Brasil pela Editora Trem Fantasma.

Enrique Breccia

Buenos Aires, 1945. Desenhista, pintor, roteirista.

Artista autodidata, domina as técnicas de xilografia, pintura a óleo, têmpera, nanquim e aquarela.

Seu primeiro quadrinho, A Vida do Che, foi realizado em parceria com seu pai, Alberto Breccia, em 1968, a partir do roteiro de Héctor Germán Oesterheld.

Entre 1970 e 1974 se dedica a escrever e ilustrar a saga La Guerra del Desierto y la Revolución Mexicana para as revistas italianas Linus e Alter Linus, além de Guerra de Argelia, com roteiros de Norberto Buscaglia, para a Linus. Intercalando (1973 a 1976) com trabalhos para a editora inglesa Fleetway, para quem criou o personagem Spy 13.

Em 1976 inicia a publicação, na Argentina e Itália, da série Alvar Mayor (concluída em  1983), seu personagem mais famoso, com roteiro de Carlos Trillo. Desta parceria surgem várias outras obras, como El Peregrino de las Estrellas, e as humorísticas Los viajes de Marco MonoEl Reino Azul e Los Enigmas del Pami.

Participa da primeira versão da Fierro desde o primeiro número, em 1984, publicando La Argentina en Pedazos, onde adapta os textos El Matadero, de Esteban Echeverría,  Los dueños de la tierra: 1892, de David Viñas, e Mustafá, de Armando Discépolo, este último com roteiro adaptado por Norberto Buscaglia. Ainda em 1984 escreve e desenha El Cazador del Tiempo, também para a Fierro, republicado posteriormente na Espanha e Itália.

Entre 1983 e 1987, escreve aquela que é considerada sua obra-prima, El Sueñero – O Sentinela dos Sonhos, trazida para o Brasil pela Editora Trem Fantasma. Em 2006 retorna ao personagem em El Sueñero 20 años después.

Em continuidade a seu trabalho para a Fierro, em 1985 roteiriza a série Metrocarguero, desenhada por seu colega e amigo, Domingo Mandrafina.

Entre 2001 e 2006 trabalha para o mercado norte-americano, desenhando títulos como X- Force e Wolverine para Marvel Comics. Para a DC Comics, ilustrou   Batman Black & WhiteBatman Gotham KnightsLegion Worlds, 22 edições de Swamp Thing e a graphic novel Lovecraft, esses dois últimos para o selo Vertigo.

Não se pode separar a trajetória profissional de Enrique Breccia de sua militância política, de toda uma vida no Movimiento Nacional Peronista. Em 2003 exerce o cargo de Secretário General de Governo do Município de General Alvarado (Província de Buenos Aires) e integra a Comissão de Cultura da Confederación General del Trabajo.

Em 2005 desenha o primeiro tomo da novela gráfica Les Sentinelles, com roteiro de Xavier Dorison, para a editora francesa, Delcourt.

Para a editora catalã Ediciones del Zorro Rojo, ilustra as adaptações de Koolau, o Leproso e Knock Out, de Jack London, Reunião, de Cortázar, As Montanhas da Loucurade H. P. Lovecraft e No Coração das Trevasde Joseph Conrad.

Vive e trabalha em Nova York entre 2007 e 2009, retornando à Província de Buenos Aires em seguida, onde se dedica até 2011 à sua grande paixão: a criação de cavalos criollos.  Em 2011 se radica na Itália.

Desenha a edição Dylan Dog – Color Fest para a Sergio Bonelli Editore em 2012, para essa mesma casa editorial italiana, o especial de Tex WillerCapitão Jackcom roteiro de Tito Faraci, publicado em 2016.

Suas obras se encontram em coleções particulares na Europa e América do Sul, na Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos, na sede do Governo de Mar del Plata e em galerias de arte argentinas, francesas e suíças.

Durante toda a sua carreira, Enrique Breccia foi convidado para diversos salões, mostras e festivais, como Lucca Comics, na Itália, a Bienal de Comics e Ilustración de La Coruña, a Comic Con San Diego, Comicon de New York, Bienal de Comics e Ilustración de Barcelona, Feira do Livro de Paris, Universidad de Alicante – Valencia, Bienal de Comics de Zagreb, Comicon Nápoles, Mostra de Comics de Turín, Comicon de Herzeg Novi. Foi premiado na Argentina com a Medalha de Ouro do jornal Clarín, o prêmio Pléyade de melhor história em quadrinhos do ano e o Prêmio Fundación Konex de ilustração. Em Lucca (Itália) com o prêmio Gran Guinigi, como mestre das histórias em quadrinhos e o prêmio pela carreira do Museo del Fumetto de Cosenza (Itália).

Nos últimos anos esteve trabalhando na graphic novel em cores, Deadman, retornando ao personagem Tex Willer da Sergio Bonelli Editore, desta vez com roteiros de Mauro Boselli e Golgotha, com roteiro de Laurent-Frédéric Bollée e D. Alcante para a editora francesa Soleil-Delcourt.